Benedicto Monteiro

Benedicto Monteiro nasceu no dia 1°. de março de 1924, em Alenquer no Estado do Pará. É filho de Ludgero Burlamaqui Monteiro e Heribertina Batista Monteiro. Fez o curso de Humanidades no Colégio Marista N.S. de Nazaré em Belém e completou os seus estudos de ginásio no Rio de Janeiro, onde cursou Direito na Universidade do Brasil. Ainda no Rio, exerceu o jornalismo na imprensa local e publicou o seu primeiro livro de poesia Bandeira Branca, pela editora Zélio Valverde (1945) prefaciado pelo escritor Dalcídio Jurandir.
Casado com Wanda Marques Monteiro, com a qual teve cinco filhos: Aldanery, Ana Luiza, Wanda Benedicta, Benedicto Filho e Dulcinez. Os filhos lhe deram dez netos: Bonny, Tahiana, Carlos Tadeu, Carla, Marcelo, André, Aline, Diego, Cauê, Iago e quatro bisnetas: Luara , Luma, Malu e Emy.
Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, exerceu os cargos de Promotor Público, Juiz de Direito e Secretário de Estado. Foi eleito Deputado Estadual, tendo sido cassado em 1964, pelo regime militar instalado. Caçado como animal, nas matas de Alenquer, ficou preso e incomunicável por vários meses e foi torturado e marginalizado da sociedade, tendo seus direitos políticos suspensos por mais de 10 anos. Depois que saiu da prisão, dedicou-se ao exercício da advocacia agrarista e à literatura, tendo publicado o livro Direito Agrário e Processo Fundiário e vários livros de poesia e ficção que constam de seus dados bibliográficos. O seu livro de contos Carro dos Milagres, foi premiado pela Academia Paraense de Letras, e o romance A Terceira Margem, recebeu o Prêmio Nacional de Literatura da Fundação Cultural do Distrito Federal.

Mesmo enfrentando um luta exaustiva contra o câncer, o escritor ainda hospitalizado conseguiu concluir e lançar seu ultimo livro, O Homem Rio que ele dizia ser o seu ultimo sonho a ser sonhado.
Benedicto Monteiro, faleceu no dia 15 de junho de 2008, logo após o lançamento de seu ultimo livro, deixando para o Pará e para o Brasil um inestimável legado.